O governo Lula não pretende se envolver diretamente na discussão sobre a redução da jornada de trabalho no Brasil, mas também não vai se mobilizar para desestimular a proposta. “Tem que deixar ter o debate. Até semana passada nem esse debate existia, mesmo a PEC estando lá desde 2019. De repente, tomou conta das redes e da imprensa”, disse, por mensagem, um ministro que integra o núcleo do governo à Folha de S. Paulo para a coluna de Mônica Bergamo. O deputado federal Reginaldo Lopes, responsável pela apresentação da PEC, também disse à Folha que acredita que agora “o Brasil está preparado para essa redução”, desde que não traga custos e não eleve a inflação. O parlamentar afirma que sua proposta é para uma redução gradual. A ideia é que a jornada diminuiria uma ou duas horas semanais por ano, fazendo uma transição em oito ou quatro anos. O ideal, segundo ele, é conseguir que essa transição ocorra em até oito anos, acompanhando o período de transição da reforma tributária, que será integralmente aplicada em 2033.