InícioBrasilGlauber Braga acusa Arthur Lira de planejar sua cassação por ter denunciado...

Glauber Braga acusa Arthur Lira de planejar sua cassação por ter denunciado o orçamento secreto

Foto: Edu Mota / Bahia Notícias

O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) acusou o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de estar por trás da sua cassação pelo Conselho de Ética. O mandato do deputado foi cassado por 13 votos a 5 na começo da noite desta quarta-feira (9)

Segundo o deputado, todo o processo de cassação trata-se de uma vingança de Arthur Lira, por ele ter denunciado no Supremo Tribunal Federal as chamadas “emendas de líder” de mais de R$ 4 bilhões, que seria um novo formato de orçamento secreto. A denúncia feita por Glauber levou o ministro Flávio Dino a suspender o pagamento das emendas no final do ano passado. 

“Denunciamos de maneira insistente o orçamento secreto. Foram 21 ou 22 vezes que eu subi à tribuna para falar sobre isso”, destacou Glauber Braga. 

Glauber disse que o atual presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB) cedeu à pressão de Lira, e retardou o início da ordem do dia no plenário para que não fosse interrompida a sessão do Conselho de Ética até que se desse a votação do parecer do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA). 

Na entrevista, o deputado disse também não se arrepender de ter colocado para fora da Câmara, a pontapés, um membro do Movimento Brasil Livre (MBL). Foi essa atitude que o levou ao Conselho de Ética. 

“Não me arrependo porque como que eu me sentiria se não tivesse defendido a honra da minha mãe em vida. Ela faleceu alguns dias depois. Agora, ao mesmo tempo, essa foi a desculpa que eles utilizaram para dar prosseguimento a esse processo. Mas se não fosse isso, utilizariam outra e dariam manutenção a essa máquina de provocação”, disse Braga.

Por fim, o deputado do Psol afirmou que não sairá mais do prédio da Câmara dos Deputados até o fim do processo. Glauber também anunciou que fará greve de fome e irá “até as últimas consequências”. 

“Hoje já iniciei, estou o dia inteiro em jejum. Tomei sim a decisão de usar a tática mais radical que o militante político pode fazê-lo”, afirmou. 

Ainda cabe recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se a cassação avançar no colegiado, caberá ao plenário da Câmara dos Deputados decidir pela perda de mandato.

POSTS RELCIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img

Mais Popular

COMENTÁRIOS RECENTES